MARUN QUER QUE CPI RECONHEÇA QUE HOUVE CORRUPÇÃO NA PETROBRAS

Membro da CPI da Petrobras, o deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) defendeu a apresentação de um relatório mais conclusivo, sugerindo que o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito que se encerrou “reconheça que houve uma corrupção sistêmica na Petrobras, porque isso ficou mais que comprovado aqui nas dezenas de depoimentos públicos. Todos sabem, porque não reconhecer?”, questiona Marun.

O deputado sul-mato-grossense propõe que apesar do reconhecimento da corrupção, a CPI admita “explicitamente no relatório que nós, parlamentares, não temos condições de indicar culpados porque não nos aprofundamos. Mas não podemos deixar de mencionar essa situação no relatório”, esclarece Marun.

Outro ponto importante para o deputado é que o relatório da CPI da Petrobras contenha uma relação com os nomes de todos os agentes políticos que foram acusados, todos os que foram envolvidos nos depoimentos daqueles que depuseram na CPI.

Marun ressalta que mais de 50 pessoas com cargos públicos ou que passaram por cargos públicos foram mencionados na CPI. O parlamentar entende que os registros dos depoimentos em que essas pessoas foram citadas devem ser disponibilizados a quem se interessar.

“Não vamos estar produzindo novidade nenhuma, os depoimentos já foram transmitidos, então relacione-se, inclua-se essa informação que passa a ser parte da história. Com isso, evitamos que daqui a 50 anos, quem ler esse relatório não nos acuse de omissos”, advertiu.

Outra proposta de Carlos Marun foi que a CPI proponha a imediata revogação do Decreto 2.745, de 1998, que cria o que considera “o famigerado regime simplificado de contratação, que eu chamo de convitão, temos que exigir a imediata revogação disso”. O deputado afirma que “licitação por convite sem ter um teto, isso tem que ser para comprar caneta, lápis, pequenos serviços, jamais pra obras de bilhões de reais, isso tem que ser imediatamente revogado e que a Petrobras passe a trabalhar baseada na legislação existente, observando a Lei 8666, sistema de pregão e o RDC que é o que vai restar dessa legislação”.

 

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